segunda-feira, dezembro 01, 2003

Ela vinha desesperada, e eu catando os porcos para lhe enfiar em seus rabos os fios de cabelo dela, a pele dela esfarinhando me dava alegrias, porque suas veleidades superavam minha paciência infinita. Eu tinha ódio daqueles lados de inconstância e vulnerabilidade, sua macaca, vai limpar este chão, ninguém é seu empregado aqui não. Esse cabelo esfuziante lhe faz bruxa, romeira, macedônica, misteriosa dalva, dominicana, sabe Deus a intenção original, és mesmo dúbia, ou não, tão medíocre que não comporta qualquer forma de hibridez. Raciocina uma vez na vida, mulher vesga, seu passado é mesmo um melaço bem podre envolto em formigas assassinas, que despontam de buracos da parede, do lixo, do chão, dos vãos, desvãos, via láctea, sei lá, até da lata de leite integral. Tu não comes pão, então, não te enveredes por estas novas paragens, senão o mundo te engole, porque és melada, lúbrica talvez, mas melada e enjoativa, és esquisita? talvez não, lhe falta apelo.

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