domingo, novembro 09, 2003


Dedos encravados nos fios de cabelo, soltos pela seborréia das dores, que investe todos os póros, fim de tarde tem destas nóias irritantes como pentelho loiro. Alguém vende pamonha, cocada, cachorro-quente, ninguém vende gente, alguém atira telhas remotas do terraço do prédio, cuidado, transeunte, você pode se ferrar. A paz do fim de tarde eliminada por estas pequenas substâncias líquidas, porosas, borbulhando secas e oleosas puras, assim é a vaidade dos restos, mesmo assim permanece lí­vida, quem dera pudéssemos exterminar as oriundas pequenas traças de raiva, vadias, elas não permitem se eliminar. Ódio da existência fina de fim de tarde.

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