sábado, outubro 25, 2003

Interstício
Não deveria pairar dúvida quanto ao rumo deste silêncio. A umidade semi-repleta de respostas. O tempo paralisado no ar. Meus instintos se debruçam diante das possibilidades. Devo mesmo continuar acreditando em serpentes sibilando soltas e que perambular pateticamente faria sentido? Ou mesmo se o mundo exige que você vague, por que cogitar que esta original e secular sina deveria atravessar condicionada a algum objetivo? Por que não refletir se há (des)razão em parar com tudo, observar de longe a extremidade fixa das estrelas? É o que me parte agora, este fluxo de sentimento dominando, que ainda não impede que tudo venha a ruir, pedaços soltos de papel da memória queimam, mas insistem em não deteriorar completamente, carbono flutuante, derivando soltos das minhas conclusões nebulosas. Aquelas murmúrios do passado-presente, pretensões arbitrários de calada da noite, determinismo bruto, quero-os todos soterrados. Que surja a regra integradora dos pequenos sistemas pessoais, até então emaranhados. É o que suplico. Vejo na na frente de um precipício contíguo à completude, percebo que algo pode sedimentar, e é o que desejo, o que quero permitir que aconteça, mesmo se for preciso esforço, e já me satisfaço aos poucos, suponho que seja pleno, incontestável, radiante para dentro. E não envio isto a ninguém, diga-se de passagem.

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