sábado, outubro 18, 2003

"A grosso modo, a vida me pariu
com a capacidade de variar
nos hesitantes passos."



Apareço, de manso, livre pela varanda, e nem parece fingimento, à procura de um poço eterno de compaixão e paciência que me comporte.
De onde brote perene fonte de desejos, inexperiências, tremores de debutantes, o acaso desnudo, enfim. Que eu nunca tenha de ser aquele outro, negligente das pequenas minas que brotam, secam e brotam de novo. Dos maços de rosas adictas, sobraram-me os espinhos. Atirei-os sobre o manancial que jorrava, e mesmo assim, não me retorna o eco do remorso. Calou-se o sobejo. Parte de tudo desistia dos meus anseios, acabava por assentir com temores vertiginosos. Era angústia a curto prazo. Como se a todo tempo interrogado eu fosse. Tenho em mim o que há ficado distante da face do virtuoso, mas nem por isso adormeço ou me aniquilo. Não prometo vitória, pelo contrário já prenuncio desastres, peças raras de covardia e desprezo. Assim, sem dó. Porque errância é marca definitiva, que nem ferro quente grava boi. Deixa eu ir se não eu perco a última sessão dos meus primeiros novos dias.

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