quarta-feira, janeiro 12, 2005

Entra ano, sai ano, eu ficando inevitavelmente mais velho, barba espessa nascendo no meu coração, o riso flagelado, estranhas continuidades, mandos e desmandos, adornos no rosto inteiro repetindo um passado de infinita tristeza, traduções literais da comiseração... um beijo, um perfume podem instantaneamente alterar a realidade, mas não vigora.


Dias de janeiro batem nos recife como as altas marés...


Em dias de janeiro, toda a gente solitária doura nos seus quartos.

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