Arranco os estilhaços, suturo as feridas, os pontos ainda não se fecharam. Assim, vai permanecendo a clausura, a doce e leve, irônico perdimento de meus traços, passos fixos, lentidões, cansaço, o mesmo rigor, a mesma disciplina, a quase desistência. A falta de manejo com o hábito e as divagações de pueril existência. Falta de controle de si e indiferença própria dos renegados. Ofereço as vestes, o ímpeto, a candura. Ofereço os sonhos, as taças e os restos da fruição, daquelas noites de esperança, que ali restaram intactas, muitas vezes perplexas com a inaptidão. Faltavam-me certamente gestos atávicos, a semelhança, a semelhança, de que ainda percebo a perfeição e grandeza nestas horas de remendos, lamúrias e descontentamento.