quinta-feira, janeiro 01, 2004

Meu reveillon livre e sem receitas de macumba, fogos-fátuos ou congêneres.
É só para avisar que aqui rolou um omelete de camarão com vinhos de Mendoza, sim, estavam na promoção no supermercado ao lado de uma quitanda ali pertinho do ponto de ônibus, sem falar da faxina geral na casa, que empreendi à meia-noite (sem intenção supersticiosa) ouvindo três vezes seguidas Ive Brussel e dançando até suar muito, muito mesmo, e após me esborrachae no chão de cansaço e desespero, a renovação da rota da terra causando angústia, o tempo, o tempo demonstrando sempre rigidamente vigilante, acho que tive um pouco de medo, mas dormi entorpecido. Acordei com relâmpagos foscos e suaves descendo do céu para formar desenhos de animais siameses. Mais uma vez tive medo, mas raciocinei: é apenas o vento eufórico das festas ao redor do mundo. É só? Não houve paparazzi para registrar este momento. Depois taquei um The Doors, mais uma vez não se trata de sortilégio, e então desenhei uns cones na parede só para testar um conjunto de hidrocores que ganhei em 1991. Do Mickey? Sei lá, coloridinho. E os créditos do final de ano? Vão para as minhas inspirações. Não poderia citá-las, por motivo de foro íntimo.

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