Da conversa acirrada resultou uma dúvida que se aprimorou e virou uma azia daquelas terríveis que corrói, infecta a boca e o deixa marcado com hálito das grutas. Talvez fosse o x-frango diário, ou mesmo aquela vitamina de abacate logo de manhã cedo, mas ele sabia que o verdadeiro motivo de todo aquele mal-estar tinha sido a situação abominável, a discussão, o terror e o desespero maligno que lhe tomavam o corpo e não deixavam a mente raciocinar, ele sabia que não havia espaço para a razão naquele dia, mormente quando a única refeição era o x-frango, naquela lanchonete de quinta categoria. À noite, talvez se iludisse acreditando reparar aquele sofrimento com o atropelo de galinhas, de qualquer espécie, inclusive as velhas de guerra da orla marítima.