Olha Aristófanes, a vida, essa sim, esta mesquinha que te esbugalha os olhos, esta é uma cruel, Aristófanes. Tu te levantas todos os dias com as mesmas perturbações solitárias e azias melancólias, Aristófanes, e esta vida mesquinha te arrota no rosto, com fúria e perversidade. Olha, Aristófanes, são marcas dessa mesma suspeita, dessa insuportável e raquítica, triste maquiavélica, ela te acende e deturpa os nervos, o tato, a fala e a vontade. Ela te enlouquece com esse maldito som pop. Cuidado com o carro, Aristófanes. Vê se olha por onde anda.