domingo, abril 22, 2007

E pairava em vontades
De aeroportos, cidades montanhosas, pequenas vielas e soturnos lazeres
Bistrôs imundos e parques pantanosos
Chuvas insistentes em temperaturas cruéis
E ali no instante último a foto registrava
O seu odor, seu cansaço, seu grito
Sua maneira de dizer a alguém distante
Que vencera, que sofrera também
E que flertara com todas as contradições
Com paixões e nostalgias
E se manteve imune
Absorto na paisagem de um novo lugar
Onde então poderia chamar casa
Banco, praça, estação
A cada dia uma nova espera
E não a mesma sem perspectiva
Uma palavra iria dominar
E novas angústias, por conseguinte.

1 Comments:

Blogger Ivã Coelho said...

Paisagens novas são alentadoras, por mais angústias que elas causem. No final das contas, sofrer também se faz necessário.

Abços rombudos.

9:40 AM  

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