Era dia assim de verão, ela corria desengonçada, vivificando as cores da pele suja, o rosto esbranquiçado
da perda, a dor, dor, uma foca em seu cérebro crescia. Ela queria roubar as coisas que não entendia, para ver se assim, passava
a ser algo inteligente, importante para alguém, se assim previsse estaria feliz, antes mesmo do encontro, do suposto fato de celebração
da sua realeza...
(...) ela não imaginava a dureza das pedras (...)
A rua, o solo, os céus, e tapas que a vida dá, os córregos de ácido,
as pedras pelo caminho impedem ela de passar.
Volta a dormir, boba, não seja silente, nem conivente com estes estilhaços.
Um leve estrondo.
Ela nunca teve rumo mesmo, coitada. Passava pelo meio fio do sentimento. Ou talvez sejamos nós em fim de ano.