sábado, agosto 26, 2006

Me impressiona como ela insiste. Arbusto fincado na rotina, horas carcomidas de sua má intenção, leve e sem termos se apossa, desmancha as expectativas, cria insônias, paira robusta nos ciclos, nas repetições... é sua soberania.

sábado, agosto 12, 2006

Deixemos de kikiki-kakaka, o que quer que seja isso.

J'aime beaucoup:

Tira a poeira das reminiscências
Simplicidade e lamento, jamais
Pérolas, língua de preto, cadência
Mágoas, cristal, pedacinho do céu
Murmurando, ingênuo, migalhas de amor
Saxofone, me diz por que choras
Ai carinhoso e brejeiro, o chorinho Odeon
Nas noites cariocas

Naquele tempo, chorei, vou vivendo
Nosso romance, ainda me recordo
Flor amorosa, apanhei-te, assanhado
Numa seresta de sapato novo
Eu vascaíno, um a zero
Entre mil vibrações, Ademilde no choro.

Títulos de Nobreza (Ademilde no Choro)
(João Bosco & Aldir Blanc)

quinta-feira, agosto 10, 2006

As maneiras dóceis de te encarar, ela faz e mira com seu sorriso infantil, embora alguém dissesse ter sido venal, corruptível, indecoroso, a verdade vem sob os panos, de que lado eu não sei a verdade pairando de fato e de direito e de sabor instantâneo.
Antes da forte chuva que assola esse sentimento, essa falta de comunicação, este mea culpa intermitente, devo descobrir regras de jogo, bossas incríveis, cibernéticas, lounge-beats, aerofólios, mas existe farsa também, existe peito, existem barracas estancadas sobre os poros, filas, gentes de todas as espécies, mas existe o dia raiando todo dia, você sabe, cheiro de novo ou não. Mato dourando e geada.

"Vivendo e aprendendo a jogar"

domingo, agosto 06, 2006

¿Quien sangra por do más pecado hubiere?
¿quien me cambia por tu desilusión?
¿quien sazona el amor con alfileres?
¿quien me descorazona el corazón?

¿Quien quema relicarios, pilas, naves?
¿quien alquila mujeres de alquiler?
¿quien ha sacado copia de la llave?
¿de los secretos de mi secreter?

¿Quien oxida el limón de las campanas?
¿quien se sabe perdido cuando gana?
¿quien me ha metido el dedo en la nariz?

¿Quien roba, silba, reza, desayuna?
¿quien planta girasoles en la luna?
¿quien coño me ha robado el mes de abril?

(Joaquín Sabina)


Poema del hombre del terno gris, do enemigo íntimo, para adoçar a nostalgia sabe Deus de quê.
Coisas de domingo de manhã, sunday morning, propaganda atemporal, tantas desculpas para o ócio. Hi-hi-hi. Satisfações.
E vamos que vamos, sem mais.

sábado, agosto 05, 2006

"Mais foi a primeira palavra que eu eu me repeti intensamente na minha infância, mais e mamãe, mais e mamãe, fosse guaraná, fosse coca-cola, fosse coca, fosse cola, fosse amor ou desamor ou qualquer outra espécie de dor. Eu quero mais ser imortal, quero ser meu futuro ancestral, quero mais tabacaria, mais pessoa, mais maria, mais vinho, mais poesia". (Angela Ro Ro)

Queiramos mais lisergia.